Na última semana, o STF realizou duas audiências públicas com nove representantes de entidades ligadas à bioética, dentre médicos, filósofos e padres, como o padre Luiz Antônio Bento, representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).O único consenso entre as partes conflitantes é que bebês sem cérebro não têm chance de sobreviver. E dependendo da quantidade de massa encefálica desenvolvida pelo feto, é maior ou menor a sobrevida da criança, que pode ser de horas, ou mesmo dias. De acordo com alguns relatos, existe um caso de uma criança anencéfala que conseguiu viver por mais de um ano. O tema causa polêmica inclusive entre os próprios médicos, que se dividem em humanistas e cientificistas. Médicos obstetras e especialistas em genética e medicina fetal, membros dos conselhos regionais e do Conselho Federal de Medicina, e até o ministro da saúde, José Gomes Temporão, aprovam a decisão favorável do STF à interrupção da gravidez de feto anencéfalo. Eles defendem que uma gravidez de fetos sem cérebro pode causar problemas à saúde da gestante.
Na visão do ginecologista-obstetra e filósofo, Marco Lourenço, da Associação Médico-Espírita e diretor da Maternidade Balbina Mestrinho, na Cachoeirinha, Zona Sul de Manaus, não há risco a vida das gestantes, portanto, interrupção da gravidez neste caso pode ser configurada como aborto eugênico, ou seja, com possibilidade de vida, e não terapêuticos: os que põem em risco a vida materna. Para ele, uma decisão favorável do STF neste caso, pode abrir portas para a liberalização de mortes, que acredita na abertura de prerrogativas para a autorização de aborto.
Fonte: Amazonas Em Tempo
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