Os médicos peritos da Previdência Social deram início, nesta quarta-feira (17), ao movimento de paralisação que prevê suspensão das atividades durante um dia por semana, até que o Governo Federal reformule ou reedite a Medida Provisória 441/2008. A MP faz a reestruturação remuneratória da perícia médica previdenciária. Os peritos vão parar suas atividades todas as quartas-feiras, até que a MP seja revista e até que o acordo fechado com a categoria no dia quatro de junho seja honrado. Mais de 100 médicos peritos participaram de assembléia realizada em Brasília, no último dia nove, quando a categoria decidiu pela paralisação. A indignação contra a postura do governo, que rompeu o acordo, foi a tônica do encontro. Segundo o presidente da Associação Nacional de Médicos Peritos da Previdência (ANMP), Luiz Carlos de Teive e Argolo, o movimento pode virar greve por tempo indeterminado. "Não vamos mais aceitar acordos e promessas. As paralisações semanais se manterão até que a MP esteja votada de forma a atender a perícia", diz Argolo.Em todo o país, mais de cinco mil médicos peritos fazem uma média de 34 mil perícias por dia. Esse atendimento será totalmente interrompido nas quartas-feiras. Para atender a Lei de Greve, a ANMP vai encaminhar ao INSS, Ministério da Previdência e à Justiça a ata da assembléia, na qual explica os motivos do movimento grevista. Para toda a diretoria da ANMP qualquer inconveniente que venha a atingir os segurados que não forem atendidos no dia agendado é de inteira responsabilidade do governo.
Fonte: Imprensa SIMEC
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