Os pais da menina Bruna Paloma Monteiro Brasil, 5, Paulo César Carvalho Brasil, 32, e Daniela Monteiro Brasil, 24, foram ontem à sede do Conselho Regional de Medicina (CRM) pedir a retratação do presidente do órgão, José Bernardes Sobrinho, sobre um pronunciamento que ele teria feito a respeito da falta de conhecimento de um documento emitido pelos pais da criança, o qual solicitava a sindicância do caso da morte da filha junto ao Conselho.Segundo informou Paulo Brasil, o documento foi protocolado no CRM logo após a morte da menina. “Queremos que ele (Bernardes) se retrate perante a sociedade porque nós levamos, sim, o documento ao CRM. Agora o que não dá é ele ficar aí falando coisas que não são verdade”, comentou ele, ao assegurar que protocolou o documento no dia 2 de setembro no CRM.O pai da pequena Bruna comentou ainda saber que a punição ou suspensão do otorrinolaringologista Joacy Azevedo, que fez a cirurgia da criança, só será possível após o julgamento do médico.Nesta terça-feira (16), Brasil informou que três testemunhas prestaram depoimento na Delegacia Estadual de Ordem Polícia e Social (DEOPS), onde o casal instaurou um inquérito para investigar a morte de Bruna. O caso também está sendo investigado no Ministério Público Estadual (MPE).
Conselho Regional de Medicina
O presidente do CRM/AM, José Bernardes Sobrinho, confirmou ontem (16), por telefone, que a sindicância já foi aberta pelo órgão. “A sindicância já foi aberta e está em andamento. Porém, não há data certa para que ele seja julgado porque existem cerca de 80 processos de sindicância em andamento. A média do prazo que damos é sempre de dois meses. Eles seguem uma data cronológica, mas o prazo legal para o CRM avaliar é de, no máximo, cinco anos a partir da data do fato”, assegurou.O presidente disse ainda que o documento está em anexo ao processo de Bruna e que os pais podem confirmar o dado junto ao CRM. Porém, ele ressalta que o documento mais importante para a avaliação da sindicância é o laudo de necropsia emitido pelo Instituto Médico Legal (IML). “Isso atrapalha bastante o andamento das investigações. Quanto mais cedo o laudo chegar ao CRM, mais rápido a sindicância será concluída”, esclareceu.Bruna Brasil foi submetida a uma cirurgia para retirada de amígdalas e correção de adenóide em 25 de julho, pelo médico Joacy Azevedo. No entanto, durante o procedimento sofreu uma parada cardíaca não detectada pelos equipamentos do centro cirúrgico do Hospital São Lucas. Ela foi a óbito em 1º de agosto, depois de passar cinco dias internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Santa Júlia com diagnóstico de morte cerebral.
Fonte: Amazonas Em Tempo
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
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