quinta-feira, 25 de setembro de 2008

PACIENTE DENUNCIA CONDIÇÕES PRECÁRIAS

Apartamento com infiltração no teto, colocando em risco pacientes como ele, recém-operado no cérebro; elevador com temperatura elevada e único para atender tanto pacientes quanto usuários; falta de telefone ou qualquer outro equipamento para chamar enfermeira; e ausência de profissionais como assistente social. Esses foram os problemas do PRONTOCORD, denunciados pelo jornalista Carlos Costa, 48, professor universitário que há 43 dias está internado naquela unidade de saúde.
Carlos decidiu fazer a denúncia na imprensa após fazê-la para a Unimed, empresa da qual é conveniado. “Eles precisam verificar bem hospitais como este porque nós, usuários, é quem sofremos as conseqüências ao sermos atendidos”, explicou o professor, que lecionava na Faculdade Nilton Lins.
Acompanhado pela esposa, Iara Queiroz, Carlos disse ter feito uma cirurgia na cabeça há dois anos quando foi contaminado por uma bactéria hospitalar. Nesse período, submeteu-se a várias cirurgias tanto em São Paulo quanto em Manaus. No total, já fez oito procedimentos cirúrgicos na cabeça e precisará fazer mais um. O problema é que as condições dadas no hospital onde está em recuperação não são adequadas para um paciente no estado dele. “Tenho minha cabeça aberta porque ainda precisarei fazer nova cirurgia e não posso ficar em um ambiente com risco de contaminação”, explicou ele, que foi transferido de apartamento, após reclamação, mas ainda ressente-se de condições para permanecer lá. A situação era tão ruim que, além das infiltrações, segundo afirma, um equipamento fazia tanto ruído que o deixava sem sossego, ainda que necessitasse ficar calmo e tranqüilo para a recuperação.

Fonte: A Crítica

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