A Federação Nacional dos Médicos divulgou nesta terça-feira (23), nota sobre as declarações do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, que chamou os cinco médicos que faltaram ao plantão de domingo do Hospital Getúlio Vargas de "vagabundos e safados". Os médicos foram demitidos e, na opinião de Cabral, "não têm compromisso com a população".A nota, assinada pelo presidente da FENAM, Paulo Argollo, foi divulgada nesta terça-feira pelos diretores Mário Fernando Lins e Jacó Lampert, que, junto com o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio, Jorge Darze, concederam entrevista à imprensa na sede do sindicato.No documento, Argollo diz que se os médicos erraram, serão punidos, mas que têm direito à defesa e não podem ser desrespeitados em público conforme fez o governador. Argollo também assinala que a necessidade da presença da Polícia Militar no hospital para conter o tumulto provocado pela demora no atendimento, pode significar que os plantonistas corriam risco de vida."As equipes têm número insuficiente de médicos, fazendo com que todos trabalhem além de seus limites e sob a pressão dos que aguardam, descontentes com a demora. Muitos médicos já foram, inclusive, agredidos fisicamente", afirma o presidente da FENAM. Ele acrescenta que "antes de chamar os médicos de vagabundos, o governador deveria passar algumas horas nos plantões de hospitais, como o próprio Getúlio Vargas, para ver de perto as condições precárias em que trabalham os médicos e as péssimas condições de atendimento à população que o elegeu".
Fonte: Imprensa FENAM
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