A demanda crescente de crianças cardiopatas e a existência de um único hospital aparelhado, adequadamente, para a realização de alguns procedimentos cirúrgicos em Manaus preocupa os pais desses pacientes. A Associação de Pais de Crianças Cardiopatas do Estado do Amazonas (APACC/AM) mensura que pelo menos 60 crianças, por mês, necessitem ser submetidas a procedimentos cirúrgicos corretivos. O Tratamento Fora de Domicílio (TFD), indicado para casos mais complexos, depende da disponibilidade do cadastro nacional e da capacidade de atendimento dos hospitais aptos a realizar as cirurgias. Para tentar sensibilizar e agilizar a realização dos procedimentos que podem ser feitos em Manaus, o presidente da APACC, Dione Carvalho, alguns pais e mães de crianças cardiopatas se reuniram na manhã de ontem, na Sede do governo com a primeira-dama do Estado, Sandra Braga, para propor que um centro cirúrgico no hospital Francisca Mendes seja aparelhado para receber a demanda remanescente do hospital Santa Júlia. A Secretaria Estadual de Saúde (SUSAM) mantém um contrato com o hospital. Segundo Dione, o contrato com o Santa Júlia prevê a realização de 300 cirurgias de crianças cardiopatas ao ano, porém devido à quantidade de pacientes vinda do interior do Estado, em busca de atendimento médico, a lista de espera aumentou consideravelmente. “O dado que temos é que hoje são 500 crianças na fila de espera e o hospital, pelo contrato, opera 300 crianças por ano. Tem sido preocupante o número de cardiopatas vindo do interior que precisam de cirurgia. Alguns são casos muito graves, que não podem esperar sob pena de não resistirem e morrer”, falou. De acordo com o secretário da SUSAM, Aguinaldo Costa, o contrato com o hospital Santa Júlia foi aditivado em 25%, o que representa o acréscimo de mais 15 cirurgias as 60 mensais já existentes. Conforme Costa, a lista de espera para a realização de procedimentos cirúrgicos é de 20 crianças. O secretário informou, ainda, que o Estado está viabilizando a compra de equipamentos para estruturar pelo menos um centro cirúrgico no hospital Francisca Mendes.
Fonte: Amazonas Em Tempo
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Um comentário:
Infelizmente a demanda de cardiopatia cresce cada vez mais em Manaus e esse assunto estar sendo tratado com desinteresse pelo Estado, por que se houvesse interesse por parte dos grandes, a classe baixa não estaria passando por esse grande problema, valendo ressaltar que essa doença de cardiopatia não acontece somente em classe baixa, porem com uma diferenciação, os que tem condiçoes correm atras para tentar resolver, agora os que não entendem a gravidade da situação que vivem na sorte que levam a morte. E quando conseguimos levar a criança a um outro Estado temos q ter condições de se manter por lá, pagando lugar para ficar e pagando almoço durante o periodo q fica lá, o custo sai alto. Será que isso vai mudar, eu espero q sim, pois tenho tbm uma filha cardiopata, e sei o que cada pai ou mãe passa para tentar manter seu filho vivo.
Atenciosamente,
Ana Lúcia de Menezes Gama
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