Nesta quarta-feira (29) completou dez dias que o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) não realiza cirurgias de média e alta-complexidade. A justificativa seria de que dez das 32 empresas vencedoras da licitação, as quais fornecem insumos à unidade hospitalar, não teriam repassado os materiais de saúde imprescindíveis para executar os procedimentos desde março deste ano. Os objetos em falta são soro glicosado, fios para cirurgia, gases, entre outros produtos. A denúncia foi apresentada pelo membro do Conselho Municipal de Saúde (CSM), Fabrício Nunes, e confirmada pelo diretor do HUGV, Raymison Monteiro.Segundo o membro do CSM, ao procurar o HUGV, no início desta semana, soube por uma funcionária da unidade que o hospital suspendeu as cirurgias de vesícula porque as empresas não repassaram os insumos. Ele disse, ainda, que os pacientes que estavam com as intervenções programadas para a semana passada tiveram as cirurgias adiadas e sem previsão para serem realizadas.“O funcionamento do HUGV é fundamental para os atendimentos de pacientes de média e alta-complexidade do Estado. A unidade oferece atendimento e cirurgias que o Estado não disponibiliza. Como pode suspender os atendimentos devido à falta de materiais. É uma vergonha”, lamentou Fabrício Nunes. Ao Em Tempo, o diretor Raymison Monteiro confirmou a denúncia. Ele revelou que o setor jurídico do HUGV impetrou uma ação no Ministério Público Federal (MPF), na última quinta-feira, para obrigar as empresas TANMAR, Tapajós Distribuidora (Solimões), S. Sobral, Simões, Fasa, Prado, MM Lobato, Pro-Diet, Amaury e Qualyfarma a cumprirem com a determinação prescrita no edital de licitação. Conforme ele, todos os produtos que estavam em estoque já foram utilizados, inclusive, a unidade recebeu doações, fizeram troca de materiais e permuta, mas a suspensão foi inevitável.“Fizemos todo o possível para que os atendimentos não fossem suspensos. Infelizmente, as 32 empresas vencedoras do pregão eletrônico, no ano passado, não estavam repassando os insumos e medicamentos desde março deste ano, principalmente, para o setor de saúde. Contudo, assim que acionamos o setor jurídico, conseguimos reduzir de 32 empresas para dez. No entanto, elas são as principais, pois fornecem os materiais utilizados nas cirurgias, como fios, luvas, soro glicosado, sonda, entre outros”, explicou.Monteiro salientou que, até amanhã, um novo pregão eletrônico para solucionar o problema deve ser lançado. Ele destacou, ainda, que o hospital disponibiliza de recursos financeiros e que logo após a entrega dos produtos é feito o empenho das mercadorias, justamente para não ocorrer a falta de entrega. O Em Tempo entrou em contato com as empresas citadas pelo HUGV, mas sem sucesso.
Fonte: Amazonas Em Tempo
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
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