quinta-feira, 6 de novembro de 2008

PAÍS TERÁ REDE NACIONAL DE COMBATE À MALÁRIA

A criação da Rede Nacional de Pesquisas em Malária - ou Rede Malária - foi um dos principais resultados da 11ª Reunião Nacional de Pesquisa em Malária e da 1ª Reunião Inter-Amazônica em Malária, realizadas semana passada, em Manaus. Durante o encontro, cerca de 250 estudantes, professores e pesquisadores também intensificaram o debate a respeito das pesquisas sobre a vacina contra malária e esperam concretizar a troca de experiências em resultados mais promissores no futuro. Segundo pesquisadores, as vacinas que existem contra malária atualmente não são consideradas satisfatórias, porque ainda não apresentam a eficácia desejada.As possibilidades de estudos sobre os pacientes portadores de malária que não apresentam os sintomas da doença também estiveram entre os principais assuntos tratados. Na avaliação do diretor da Fiocruz Amazônia, Roberto Sena, malária é um dos principais problemas de saúde tropical no país e por isso deve ser prevenida e contar com pesquisas que avancem rumo a sua extinção.Sena lembrou que os eventos também contaram com a participação de pesquisadores que vieram da Espanha, Estados Unidos e Colômbia. “A região amazônica tem mesmo que se mobilizar para estudar a temática porque 99% dos casos estão aqui, apesar de a malária estar diminuindo no Amazonas, por exemplo”.A Rede Malária é uma iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), em parceria com as Fundações de Amparo Pesquisa (FAPs) do Pará (Fapespa), Maranhão (Fapema), Minas Gerais (Fapemig), Mato Grosso (Fapemat), São Paulo (Fapesp) e Rio de Janeiro (Faperj), além do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit). A previsão é que o orçamento da Rede Malária possa alcançar R$ 30 milhões para investimentos nas primeiras pesquisas, a partir de convênio com o ministério. O Brasil possui atualmente cerca de 70 grupos de pesquisa que trabalham com malária. O objetivo agora é unir os esforços dos grupos e fazer um único estudo em todo o país.
Amazonas perde para Acre e Rondônia
Dados do Ministério da Saúde mostram que 99,9% dos casos de malária no Brasil são registrados nos 807 municípios da Amazônia sendo cerca de 60 deles são responsáveis pela notificação de 80% dos casos contabilizados. De 2006 a 2007, os casos de malária aumentaram 5,7% na Amazônia. Em 2008, no entanto, os casos na Amazônia diminuíram 34,8% nos cinco primeiros meses do ano em comparação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a maio de 2008, foram notificados 121.132 casos da doença, contra 185.983 em 2007. Na região Norte do Brasil, em número de casos absolutos de malária, o Amazonas perde apenas para Acre e Rondônia, segundo a Secretaria de Saúde do Estado.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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