Os pacientes correm risco nas mãos dos futuros médicos de São Paulo, diz o Conselho Regional de Medicina (Cremesp) com base na última avaliação dos formandos das faculdades públicas e privadas paulistas. Cerca de 61% dos estudantes foram reprovados na prova. Os dados foram divulgados nessa quarta-feira (05). O exame de avaliação do conselho é voluntário e não tem validade legal. Para Braulio Luna Filho, um dos responsáveis pela elaboração da prova, o caráter voluntário torna o diagnóstico mais preocupante. "Avaliamos a melhor amostra, porque só comparece o estudante que se sente preparado".
Os resultados mostram que estudantes do 6º ano (último da graduação) não tiveram conhecimento mínimo nas áreas de pediatria, ginecologia, obstetrícia e clínica médica, entre outras. A prova, com 120 questões, avaliou 659 alunos, cerca de 30% dos formandos. Luna Filho recorda que a porta de entrada para os profissionais recém-formados no mercado costuma ser os setores de emergência e pronto atendimento dos hospitais. "O indivíduo que vai definir se você vai morrer ou sobreviver é esse estudante mal preparado", lamenta o presidente do Cremesp, Henrique Carlos Gonçalves.
No exame do Cremesp, as universidades públicas tiveram desempenho melhor do que as privadas - 54,1% contra 32,5%.
Fonte: A Crítica
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
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