O ano de 2009 vai começar bem para as pessoas que estão na fila esperando um transplante no Amazonas. Em março entra em funcionamento o laboratório de histocompatibilidade instalado na Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), no qual a Secretaria Estadual de Saúde (Susam) investiu R$ 600 mil. Lá serão realizados exames para definir a compatibilidade entre o doador e a pessoa que irá receber o órgão. A partir daí será possível a realização de transplantes de órgãos de pessoas mortas.
“O laboratório é um antigo sonho da Susam e do Hemoam”, diz o secretário estadual de Saúde, Agnaldo Costa, completando que até então só havia transplantes entre doadores vivos (familiares com compatibilidade genética com o paciente), realizados no Hospital Santa Júlia. “Esse laboratório nos permitirá realizar esses procedimentos com maior facilidade para as famílias”, complementa.
Segundo ele o único risco que existe nesta operação é a capacidade de aceitação ou rejeição por parte do organismo. “Mas caso haja uma pequena rejeição ela será controlada com medicação”, garante o secretário.
Providências
Agora o que está faltando é a preparação de equipes que irão atuar na captação de órgãos em doador falecido. Uma “força-tarefa” entra em ação para agilizar essa operação. Amanhã uma equipe formada pelo coordenador da Comissão de Transplantes do Amazonas, Noaldo Barbosa, os médicos do Hospital Universitários Getúlio Vargas (HUGV), Raymison Monteiro e Antonio Carlos Cardoso, e mais um representante da Associação dos Pacientes Renais Crônicos estará em Brasília numa reunião com representante do Ministério da Saúde para tratar de detalhes sobre o transplante de órgãos de pessoas falecidas. Segundo o secretário, essa reunião será decisiva.
No mesmo dia, em Manaus, o secretário de Saúde, a presidente do Hemoam, Leny Passos, e membros da Comissão de Transplantes se reúnem para definir como os exames e o treinamento irão acontecer. Na quarta-feira, às 19h, o cirurgião do Hospital das Clínicas de São Paulo Silvano Raia, fará uma conferência no Hospital Santa Júlia, em que abordará a Central de Transplantes e a formação de equipes para a captação de órgãos de doador falecido. Costa acha que o treinamento das equipes não será demorado, por isso ele espera que no primeiro trimestre do ano que vem os transplantes comecem a ser feitos.
Na frente
Com a implantação do Laboratório de Histocompatibilidade os primeiros beneficiados serão os pacientes renais crônicos por já existirem na cidade transplantes entre doadores vivos. Depois será a vez de pacientes hepáticos e os que precisam de medula óssea. Os pacientes que já fizeram transplante de fígado tiveram de realizar a cirurgia no Rio Grande do Sul. O hospital público local a ser credenciado deve ser o HUGV.
Fonte: A Crítica
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
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