terça-feira, 2 de dezembro de 2008

MÉDICA DENUNCIADA NO 1º DIP

Um suposto caso de negligência médica está sendo investigado pela Polícia Civil. O estudante Rodrigo de Oliveira Feitosa, 11, morreu na manhã desse domingo (30/12), na Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (FHemoam). O menino, que era portador de anemia falciforme, passou mal durante a madrugada de ontem e foi levado ao estabelecimento pelo pai, o apontador de obras Moisés da Silva Feitosa.
De acordo com ele, a médica que atendeu a criança não realizou os procedimentos corretos, causando sua morte. A assessoria de comunicação da FHemoam informou que a médica que acompanhou o menino fez de tudo para salvá-lo, mas o mesmo estava com síndrome torácica aguda - complicação que leva à morte 90% das pessoas com anemia falciforme, segundo a instituição. O caso foi denunciado na manhã de ontem no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
Conforme o pai do menino, que registrou a ocorrência, Rodrigo chegou à FHemoam por volta das 4h. A criança realizava o tratamento no hospital desde os seis anos de idade. Quando chegou ao local, foi atendido pela médica e por uma equipe formada por três atendentes.
A profissional, que seria recém-formada, colheu o sangue do menino para realizar uma transfusão. O pai alegou que o procedimento teria que ser feito imediatamente, mas o sangue só chegou às 6h. Como Rodrigo queixou-se de falta de ar, a médica usou uma máscara de oxigênio para solucionar o problema. A falta de ar persistiu e a médica teria entubado o garoto sem usar sedativo. A criança perdeu os sentidos e uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) foi chamada. De acordo com Moisés, o atendente do SAMU retirou o tubo da criança. Com o aparelho, teria saído um pedaço de carne - que seria do esôfago de Rodrigo - e sangue. O menino já estava morto.
De acordo com o delegado plantonista do 1º DIP, Geraldo Magella, o caso será rigorosamente apurado. “Estivemos no último domingo (30/12) na FHemoam, mas o pessoal do plantão não tinha detalhes do que aconteceu. Pedirei urgência no laudo necroscópico do IML, além de solicitar o prontuário médico e ouvir todas as partes envolvidas, incluindo a médica e os atendentes do SAMU”, esclareceu.

Fonte: A Crítica

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