quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

CURSOS DE MEDICINA SÃO PUNIDOS PELO MEC

O Ministério da Educação (MEC) anunciou semana passada punições para quatro cursos de medicina que foram mal avaliadas durante uma supervisão feita pelo órgão. Elas terão que suspender vestibulares ou reduzir vagas enquanto não se adequarem aos padrões exigidos pelo ministério.
As medidas afetam quatro faculdades particulares: Universidade Iguaçu (Unig), campi de Nova Iguaçu (RJ) e de Itaperuna (RJ), a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e a Universidade de Marília (Unimar).
Foram avaliados 17 cursos de medicina de todo o país -quatro deles de universidades federais- que tiveram conceitos 1 e 2 no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), índices que medem o desempenho de instituições de ensino superior.
Outras 11 instituições avaliadas firmaram um compromisso com o MEC para sanar as deficiências apontadas no prazo máximo de um ano. Caso não cumpram o termo, o ministério pode aplicar sanções, que podem chegar ao descredenciamento da faculdade. Duas faculdades foram retiradas da avaliação por terem melhorado a qualidade de seus cursos.
Os cursos devem se adequar às diretrizes currículares estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). "As disciplinas oferecidas, o perfil do corpo docente, o campo de prática médica, o internato, tudo isso tem que estar adequado às diretrizes nacionais, sob pena do curso não poder ser mais oferecido", disse o ministro Fernando Haddad.

Faculdades
A Unig vai ter que suspender o vestibular de medicina no campus Itaperuna por pelo menos um ano. No campus de Nova Iguaçu, a instituição vai ter que reduzir o número de vagas. Nos dois campi, o MEC encontrou problemas na aplicação dos currículos, nas avaliações e falta de laboratórios. O G1 procurou à Unig às 17h30 e a instituição não disponibilizou ninguém para comentar sobre o assunto.
A Unimar também vai ter que suspender o vestibular até que os leitos do hospital universitário da instituição sejam ativados. A faculdade terá três meses para se adequar à solicitação do ministério. O MEC também detectou que a Unimar tem atividades práticas "insuficientes" para o curso.
Segundo nota da Unimar, a suspensão do vestibular "não pode retroagir a um fato já consumado. O vestibular foi realizado no dia 9 de novembro; as vagas já foram preenchidas e os alunos já estão matriculados".
A instituição afirma ainda que não há prejuízo para os acadêmicos já matriculados. De acordo com a instituição, as medidas apontadas pelo ministério serão resolvidas até o final do mês. O número de leitos, diz a Unimar, foi ampliado no dia 30 de novembro.
A Ulbra terá que reduzir de 70 para 65 o número de vagas pelos próximos 12 meses ou até que sejam sanados os problemas encontrados pelo MEC. O ministério considerou a qualidade do curso "insatisfatória" e disse que houve uma redução no número de leitos dos hospitais da instituição.
O pró-reitor e coordenador de vestibular da Ulbra, Osmar Rufatto, disse ao G1 que a universidade ainda não decidiu se irá acatar ou contestar a decisão do MEC. Ruffato confirmou que houve redução no número de leitos, mas afirmou que os alunos não são afetados.

Fonte: Portal G1

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