A falta de médicos no serviço público do Amazonas para atender a algumas especialidades como urologia, reumatologia, otorrinolaringologia, endoscopia e proctologia têm deixado pacientes aflitos e desolados. Após levar o pai ao SPA do Coroado no fim de semana, ser encaminhada ao Ambulatório Araújo Lima do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) e lá ouvir que não há previsão para marcar consulta para urologista, a dona de casa Maria das Graças Ferreira, 32, ainda tentou, por sugestão de uma amiga, a Fundação Hospital Adriano Jorge antes de entrar em desespero. “Não tem, não tem, e o que eu faço com o meu pai, uma pessoa idosa que não pode mais ficar só tomando remédio para dor?”, desabafou ela, moradora do bairro do Coroado, Zona Leste.
O mesmo drama vive o casal José Vanderley Vieira, 47, e a esposa, Suely Porto Barroso, 44. Eles partiram de Eirunepé (a 1.245 quilômetros de Manaus) à procura de cirurgia. Ele para um problema no reto e ela nos rins. Há 38 dias na capital, o casal já fez uma verdadeira via sacra. “Dizem que não tem proctologista para atender. Fui ao Tropical, PAM e estou hoje no Getúlio Vargas e não sei quando vou conseguir”, disse ele, já pensando em voltar para Eirunepé, pois foi roubado e está quase sem dinheiro. Suely, por sua vez, tem um cisto no rim, descoberto por meio de uma ultra-sonografia, mas nem conseguiu mostrar o exame a um médico.
Fonte: A Crítica
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